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10/04/2025     Cultura  

Campina Grande do Sul recebe o Festival de Curitiba através da Mostra Fringe

Campina Grande do Sul foi palco da extensão do Festival de Teatro de Curitiba – Mostra Fringe, realizado entre os dias 26 de março e 5 de abril. A programação contou com espetáculos voltados ao público escolar, juvenil e adulto, promovendo cultura, arte e reflexão por meio de apresentações teatrais variadas e envolventes.

A abertura do festival em Campina Grande do Sul, aconteceu no dia 26 de março, com o espetáculo “O coco que vira cocada, vira roda”, apresentado pela Companhia As Panambis, do Rio de Janeiro. A peça é uma celebração das raízes culturais do Nordeste, unindo música ao vivo, dança, poesia popular e a tradicional literatura de cordel. Com figurinos coloridos, instrumentos regionais e interações diretas com o público, a montagem proporcionou um verdadeiro mergulho na cultura nordestina, despertando encantamento e aprendizado nas crianças e jovens das escolas José Eurípedes Gonçalves, Marcos Nicolau Strapassoni, Anna Ferreira da Costa e Alessandra Assunção.

No dia 31 de março, foi a vez da Companhia Amma, de Londrina, subir ao palco com um contagiante Show de Palhaços. Misturando técnicas circenses, gags clássicas e improvisos bem-humorados, o espetáculo resgatou o riso puro da infância. A apresentação envolveu os alunos com números de equilíbrio, mágica, mímica e comédia física, tornando o momento leve, educativo e extremamente divertido.

Já no dia 3 de abril, os espetáculos aconteceram em dois turnos no Teatro Municipal José Carlos Zanlorenzi. Pela manhã, a peça “Mel de Laranjeira”, da Companhia Curitibana de Teatro, apresentou uma narrativa impactante sobre a escravidão contemporânea, discutindo formas modernas de exploração que ainda afetam a sociedade. Com dramaturgia intensa e atuações fortes, o espetáculo abordou temas como trabalho análogo à escravidão, desigualdade social, empatia e resistência, gerando reflexão profunda entre os alunos das escolas Augusto Staben, Ulisses Guimarães, Lucídio Florêncio Ribeiro, Antonio José de Carvalho e Colégio Estadual Cívico Militar Ivan Ferreira do Amaral Filho.

À tarde, os mesmos alunos retornaram para assistir “Cadê Dulcinéia?”, da Companhia Imediata de Teatro, de Sorocaba. A montagem, inspirada no clássico “Dom Quixote de La Mancha”, trouxe uma releitura cômica e contemporânea da obra. Utilizando malabares, acrobacias e humor de palhaço, o protagonista, Chungo Malungo, se lança em uma jornada fantástica ao lado de seu escudeiro Sancho Pansa, em busca de sua amada Dulcinéia. Com linguagem acessível e criativa, o espetáculo encantou o público com sua cenografia lúdica, interação direta com a plateia e uma mensagem sobre sonhos e idealismo.

O encerramento da Mostra Fringe em Campina Grande do Sul aconteceu no sábado, dia 5 de abril, com o espetáculo “Make Morte Pop Again”, da Companhia de Teatro Garalhufa. A sátira distópica, repleta de ironia e crítica social, abordou um futuro onde a Morte decide pedir demissão de seu cargo na TEIA – a administração da humanidade. A trama, ambientada em um cenário surreal e político, trouxe à tona questões como o valor da vida, os impactos da imortalidade, as consequências do caos social e as decisões coletivas. O desfecho ficou por conta do público, que teve o poder de escolher quem assumiria o papel da Morte. Com figurinos modernos, linguagem provocativa e estética pop, o espetáculo prendeu a atenção do público do início ao fim.

A participação ativa das escolas e da comunidade marcou a edição deste ano da Mostra Fringe em Campina Grande do Sul, que mais uma vez reforça a importância do acesso à cultura e à arte em espaços educativos e sociais.

E as novidades não param por aqui! A Secretaria Municipal de Cultura já adiantou que vem muito mais por aí. Por isso, fiquem de olho nas mídias oficiais da Prefeitura de Campina Grande do Sul para não perder nenhuma das próximas ações culturais e artísticas que estão sendo preparadas com muito carinho e dedicação para toda a população.